Bitch please

Estava aqui as três da madrugada estudando História pro tal do ENEM, e por alguma razão eu estava gostando. Ok na verdade era por obrigação mas tudo bem. O fato é que eu estava estudando revoluções, do Renascimento ao Hiphop passando pelo bom e velho Rock.

Quando eu digo que sou fresca pra música ninguém acredita. Eu gosto do Marron 5, do Paramore, do Nickelback e sou fanática pelo The Fray, Evanescence e Lifehouse. Mas eu amo, mas não muito o Oasis e o Cold Play. O meu estilo musical é estranho, eu gosto de Pink e Beatles. Resumindo eu gosto de rock.

Conectando os dois parágrafos de uma forma paralela com uma frase da minha apostila: a mídia banalizou a rebeldia da juventude. Eu gosto do rock em seus primórdios, eu gosto da trilha sonora dos filmes do John Lennon e do Piratas do Rock! Eu gosto daquele rock que te faz dançar. E não essa coisa de hoje em dia misturado com pop e sei lá o quê, pera não é isso. Eu amo o rock de hoje mas sou contagiada pelo rock do passado, o rock que foi feito com um propósito de quebrar barreiras. O rock que explode de mim, o rock de Elvis.

Eu vivo falando pra minha mãe que queria ter nascido nos anos setenta pra ter sido Hippie. Eu vi o nome dessa sensação no Meia-Noite em Paris mas eu nem lembro, é a impressão de que outra época foi melhor que nossa. Mas espera ai essa juventude de hoje só quer saber de tchêtchêrêrêtchêtchê e nada de reclamar contra a corrupção no Brasil mesmo que seja através da arte.

Não que eu seja diferente, eu quero ser mas cadê o incentivo? A valorização da arte? Eu digo que já tenho uma ideia pensando em como vou lucrar com ela porque hoje em dia é assim. A mídia vulgariza nossos sonhos, banaliza nosso potencial e poe nossos dons na vitrine, e se não for de uma forma que eles gostem, você não vai chegar a lugar nenhum. 

E ai  ficou com vontade de ter nascido em outra época? Sei lá eu só queria ter nascido em uma época em que eu não precisa-se da porra do ENEM pra fazer meus filmes. A mídia destruiu o Kurt, transformou os hippies em moda, o punk em musica de doido e os gays em esteriótipo. A mídia transforma tudo em esterótipo, tudo é moda, tudo é lucro e eu estou cansada disso, desse padrão, dessa rotina capitalista. Vamos lá, vamos nos rebelar, arrastar nossos violões e acamparmos em árvores, vamos impedir que acabem lentamente com o oxigênio. Vamos revolucionar?!