quarta-feira, 13 de junho de 2012

Keep calm and adapt



"A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo"

(Como uma onda - Lulu Santos)



A maioria dos livros de autoajuda, psicólogos e amigos nos incentivam a recomeçar. Recomeçar quando seu mundo está destruído pode ser complicado, porque isso pode incluir mudar radicalmente e o ser humano tem a mania feia de se acomodar no que lhe cai bem. Não é medo, nem falta de vontade, é puro e simples conformismo e um pouquinho de preguiça. Nós somos seres muito complexos, as vezes queremos mudar mas por falta de incentivo desistimos. As vezes nossos medos falam mais alto que nós mesmos, somos covardes buscando por coragem alheia. É essa a razão pras sessões de cinema estarem lotadas de sábado a sábado, porque um filme é uma história sobre algo, nunca sobre o nada.
O problema de toda essa complexidade é quando nós decidimos mudar, mas nos deparamos com uma sensação estranha. Aquela vontade de voltar ao nosso estado anterior, porque não estamos acostumados com a mudança. Mudar deve ser aos poucos, mudanças radicais en um período de tempo muito curto podem nos fazer surtar completamente. Nós somos seres como qualquer outro nesse planeta, mas com costumes mais complexos, e como tais somos capazes de nos adaptar se necessário. A adaptação é fundamental para a sobrevivência geral. Mas com nossos corações frágeis, sociedade programada e vidas estáveis não estamos adaptados a adaptações.
Não é nossa obrigação gostar de coisas novas, mas é absurdamente obrigatório e lógico nós querermos o que nos faz bem. Apesar de depender dos outros, a garantia da nossa felicidade é um dever próprio. Eu sei que ultimamente todos os meus textos têm sido pessoais e chatos - porque eu sou chata - mas é que estou passando por uma momento tão difícil e confuso da minha vida que até as minhas histórias têm tido um pouco do que falta em mim. E por alguma razão eu acho que tudo vai mudar em breve, não amanhã nem mês que vem, porém logo. Só que acho que corro o risco de me sentir um peixe fora d'água com todo o rebolício. Mas eu juro que vou me obrigar a me adaptar, não porque eu tenha que gostar de ter uma vida balada, mas porque vai me fazer um bem inigualável.
E eu sei que um dia tudo vai mudar de novo, porque como diz a música não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo dizendo que tudo vai ficar sempre igual, que seremos felizes para sempre. Porque agora há tanta vida lá fora e aqui dentro, sempre como uma onda no mar. E se pararmos pra pensar a gente recomeça todos os dias quando levantamos de nossas camas, um dia nunca é igual ao outro. Rotina vicia e em proporções maiores faz de você um morto-vivo. Queira mudar e mude até as mudanças.

Um comentário:

Nati Pereira disse...

Todo dia que nasce é um dia que tem tudo para dar certo, para ser bom, porém depende de nós... Beijo