quinta-feira, 31 de maio de 2012

Jéssica o que te traz aqui?



Ah nada. A minha vida tá ótima! Sério, tá tudo muito bem, obrigada.
Exceto pelo fato de que as coisas boas parecerem que vão se desfazer a qualquer momento. E eu fico com medo, tentando zela-las de qualquer jeito. Mesmo sem saber se o que vai vir depois mais serão coisas boas, ou se eu vou voltar a ser eu - a garota louca que mora no buraco e fica gritando querendo ser salva da própria escuridão.
Mas fora essa sensação de perda de algo que eu ainda não tenho, tá tudo bem. 
E as vezes também eu fico pensando neles sabe. Eu não vou dizer os nomes deles, mas as vezes bate aquela saudade e aquela vontade de implorar pra algum deles me salvar. Porque eu sei que eles podem, só não querem.
Mas eu tô bem, muito bem... Eu te contei que eu tô mais sociável, que eu tenho recebido convites pra sair no final de semana? Não, eu não tô chorando, é alergia ao vento. O vento... do ar condicionado. Não precisa diminuir, eu gosto de frio. 
Ah é eu tenho recebido convites sim. Masculinos? Claro, afinal eu descobri que sou super comestível. Que problema? Ah o problema é que eu sou complicada, acho que já me acostumei com a solidão mesmo não gostando dela. É como o Kevin fala pra mãe naquela cena tão digna que foi até pro trailer. E o problema maior é que... A verdade é que eu cheguei a um estado tão sombrio de escuridão que só alguém com uma luz enorme pode me salvar. E essa luz você não encontra em qualquer pessoa! O carinha do bate papo não tem essa luz, você não sente na voz dele, mas ainda assim insisti porque quer se dar uma chance. O carinha que a sua amiga quer te apresentar não tem essa luz, porque ele simplesmente não se encaixa de maneira alguma nos seus padrões atrativos. Eu acho que é como se eu tivesse presa num lugar escuro e vazio, eu sei que em algum lugar há uma uma porta com uma fechadura pra me libertar, mas eu não tenho a chave e só há uma chave que se encaixe. Não adianta eu tentar enfiar outras chaves, porque Deus fez uma só e ela está perdida em algum lugar nesse mundo imenso, mas um dia eu vou ser liberta... Ok sem papo religioso, tá entendi.
Mas o fato é que as vezes eu sento num canto e lembro de como era quando eu sentia as coisas, antes do meu mundo desmoronar e eu me desligar da realidade. Lembro das esperanças que eu tinha, da minha visão de amor que foi abandonada por falta de incentivo da vida. E... Meu Deus eu tô parecendo uma velha falando, não tô?!
Ei sabe que eu descobri que a mentira mais contada do mundo é "estou bem". Pois é, quem diria nós somos prisioneiros de nós mesmos. Ah acabou o tempo? Tudo bem, outro dia eu volto. Desculpa ter desperdiçado o seu tempo, eu só vim pra marcar presença né porque estou muito bem no momento.

Um comentário:

Anônimo disse...
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