terça-feira, 15 de maio de 2012

As estrelas também casam




As galaxias não se movem e nada muda de lugar e eu fico respirando o mesmo ar e girando em torno de um grande buraco negro, implorando pra ser sugada. É que eu já tenho essa mania feia de me perder em mim mesma, como se eu fosse grande demais e não coubesse nessa massa presa pela gravidade. Talvez esse seja o meu problema porque eu queria voar, mas acho tão bonito o jeito como todo mundo anda preso ao chão.
Mas nem é sobre mim que eu quero dissertar. É sobre a estranha coincidencia que eu descobri ter por puro acaso com alguns planetas de outras galáxias. Existe por ai nesse universo estranho um evento chamado... Tá eu não sei o nome que os cientistas dão pra porra do evento. Mas o fato é que um planeta vive preso ao outro. E em algumas dessas uniões um dos parceiros explode ou algo do tipo e em outras infelizes vezes um dos parceiros suga toda a energia do outro lentamente.
Tudo bem, eu vi isso no Discovery a um tempo atrás. E por alguma razão estupida algo hoje me fez lembrar de você. Mas eu citei toda essa baboseira cientifica pra destacar que o que quer temos ou ainda teremos, ou que tivemos, não é bom! Eu estou presa a você nesse universo enorme. No entento você não está preso a mim, vive viajando por outras galaxias similares e me deixando sozinha entrando em processo de autocombustão, girando em torno do nada.
Talvez pra algo acontecer na minha vida, você precise estar nela. Quiçá isso seja uma das pré-condições do cosmos. Mas eu rezo pra isso não ser verdade, eu me recuso a aceitar que eu sou dependente de alguém tão insuficiente. Eu espero que toda essa coisa seja uma descarga de culpa própria, invenção da minha imaginação, um escape pra toda esse vácuo sem explicação.

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