quarta-feira, 16 de maio de 2012

Casa comigo, pra viver de amor, miojo e textos bonitos?



Eu estava planejado um texto bem diferente do que estou prestes a escrever. É que hoje enquanto eu voltava do curso - pro qual eu fui sem vontade porque estava chovendo, meu cabelo tá horrível e minha internet ressuscitou depois de quatro dias - perdida em pensamentos, como o jogo que eu comprei ontem de madrugada pra tirar meu tédio, mas o código pra acessa-lo só chegou hoje enquanto eu corria pra não chegar atrasada no curso, e o episódio de Once Upon a Time, que eu baixei antes de sair de casa e estava morrendo pra ver logo. Mas eu estava pensando em tudo isso pra evitar pensar no que me fez ter uma crise de choro ontem de madrugada e acessar o blog da Natália Klein do meu celular, que estava carregando. pra ler esse texto aqui. Só porque é bom saber que não sou a única sem o tal do alguém no mundo. E hoje eu ia escrever sobre a minha solidão e sobre como eu preciso do tal alguém que nunca aparece.
"Mas e ai Jess? O tal alguém apareceu? É por isso que você não vai escrever sobre isso?"
Não, o Alguém não apareceu. Mas eu fiquei toda boba, rindo durante todo o caminho de volta pra casa, do meu curso. Sabe por quê? Porque justo quando eu vacilei e me dei conta da multidão a minha volta e que de todas aquelas pessoas não tinha ninguém pra mim, eu o vi. Não, na verdade eu não o vi vindo, eu só me dei conta dele quando passei ao seu lado. Ele estava falando no celular e acenou pra mim. E eu respondi com um "oi" tímido e nervoso, porque não tinha certeza de que o aceno era pra mim.
Eu sou patética! Tenho dezoito anos na cara e vim pra casa sorridente porque o garoto que eu achava que nem lembrava de mim e que me separou da minha melhor amiga - porque escolheu ficar com ela - acenou pra mim. Ele acenou pra mim e por um momento eu quis que aquele fosse o sinal cósmico por qual espero. Isso é ridículo, eu sei! Mas ainda assim eu queria que fosse real. Queria que ele fosse o significado do sonho que tive a umas noites...Porém não é, algo me diz que não. Talvez o fato de ele ser a pessoa mais simpática desse mundo, talvez o status dele de "em um relacionamento sério" no facebook, talvez qualquer outro motivo. No entanto o motivo não importa, porque simplesmente não é, é só a minha carência querendo que seja.

Trecho do texto da Natália Klein: 
"Não me levem a mal, eu sei que minha cama é super frequentável. Eu sou super frequentável. O problema é esse resquício de crença que eu tenho nessa porcaria de - eu não acredito que vou dizer isso - amor. É um saco ter que admitir, mas eu espero encontrar alguém.
E quem é alguém? Alguém é uma entidade mitológica, que costuma aparecer algumas - poucas - vezes na vida de cada ser humano. Alguém pode estar em qualquer lugar, onde você menos imagina, inclusive aí do seu lado. Mas não adianta procurar muito, porque reza a lenda que alguém só aparece quando você menos espera. As histórias são muitas. Ouvi dizer que se você gritar "alguém" três vezes na frente do espelho, ele aparece e se casa com a sua melhor amiga.
"

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