quinta-feira, 3 de maio de 2012

Teoria desconexa



Hoje enquanto eu decidia se ouvia Glee, Cazuza ou Lulu Santos, montei a teoria definitiva da minha vida. É que eu tava pensando nesse principio de psicose que estou tendo. Em definição do Wikipédia, psicose é a perda de contato com a realidade. Simples assim. Jess vc é psicopata? Talvez, no momento eu sou psicótica. Pra fugir da minha realidade eu invento um mundo paralelo onde eu tenha um lugar seguro pra ir. Mas esse texto não tá saindo do jeito que eu imaginei. Nem esse texto, nem minha vida.
O fato é que eu estive pensando no quão desconectada da realidade eu estou. Eu estou vivendo, tô sim. Tá acontecendo coisas boas na minha vida, tá sim. Eu não tenho estado mais tão sozinha, é verdade. Mas ainda assim no final do meu dia, quando encosto a cabeça no travesseiro, não sinto nada... É como se nada tivesse acontecido, como se eu tivesse gasto todo o meu tempo assistindo uma maratona infinita de filmes ruins. O mais estranho é saber que talvez seja melhor assim, é melhor não sentir nada, do que aquela dor infeliz no peito.
Mas ai eu estive pensando e formulei a seguinte teoria: talvez quando você se desconecta da sua realidade é porque ela não pertence a você e vice-versa. Talvez você deveria estar em outro lugar, com outra rotina, outras pessoas, e talvez nessa realidade certa tenha alguém que sinta a sua falta mesmo não te conhecendo. Porém por algum motivo lúcido ou não, você não está lá, tá ai preso nesse casulo indecorável que se recusa a desmanchar e te deixar voar. Ou é você que tem medo de voar?
Eu estou condenada a essa realidade tediosa. Não vem falar que eu posso muda-la não, porque eu já tentei. Mas lá fora está cheio de dragões que vão me tostar se eu tentar fugir da torre. É aquela história da nossa felicidade não depender da gente. Daí esperamos um príncipe rebelde mordido por um lobo, vim nos tirar dessa solidão inconsciente. Enquanto isso ficamos trancadas na nossa torre espaçosa. Agora vem aquela pergunta assustadora: será que alguma princesa já morreu esperando o bravo cavaleiro da armadura brilhante? Será? Só sei que talvez quando um segundo chegar pra realinhar as órbitas dos planetas, eu nem esteja mais aqui pra pedir desculpas pro tal alguém que espera por mim por não ter aparecido antes, é que eu estava presa em outro mundo, outro timbre, outra estação com uma sincronia errada e por isso fui me perdendo aos poucos...

2 comentários:

Anônimo disse...

Garota, confesso que quase chorei. Quase porque seu texto é sobre o "quase". Não sei se você conhece a teoria dos multiversos, ela diz que existem "clones" nossos vivendo em outras dimensões com vidas ligeiramente diferentes das nossas. Seu texto me fez reconhecer vários sentimentos em mim mesmo. Aliás, qual a tua idade? Eu adorei, e vou votlar sempre aqui. O Design do blog também me é muito cômodo, me senti em casa. Espero que você goste do meu cafofo também. Olha, seu texto me lembrou de um que eu já escrevi...

http://fagocitandosp.blogspot.com.br/2012/04/emc-uma-historia-de-amor.html

Abraços e parabéns pelo post =)

Anônimo disse...

vai pra igreja